Unimed, construtora e supermercados enfrentam recuperação judicial em João Pessoa

Todos os requerimentos tramitam na Vara de Feitos Especiais da Capital, que tem à frente o juiz Romero Carneiro Feitosa e foram feitos após a pandemia da covid-19. Ele ressaltou que não foram falências e que a Unimed não é a de João Pessoa, mas outra, que faz parte do sistema integrativo.

O magistrado disse vislumbrar a possibilidade de recuperação ou ao menos negociação diante da negociação por um outro grupo Unimed disposto a assumir o passivo e a carteira de clientes, que não estão sofrendo solução de continuidade nos atendimentos e explicou como, durante entrevista exclusiva concedida ao jornalista Cândido Nóbrega e que pode ser conferida clicando aqui

Sistema de não pagamento

Indagado sobre desequilíbrio financeiro mesmo diante do aumento no volume de vendas de planos e de reajustes de mensalidade, ele disse ter chegado ao seu conhecimento, extra autos e não relativo ao citado caso, situação de dificuldade e existência de sistema de cortes para médicos e clínicas de tratamento diversos, que ao final do mês faturam o valor dos serviços prestados, mas existe uma glosa que no caso dos médicos chega a 40%, cujo critério de percentual seria o faturamento de apenas 70% da operadora ser insuficiente para pagar a todos, isto é, seria deficitária.

Construtora: injeção de capital

Quanto à empresa de construção civil, que considerou uma das melhores da cidade, confirmou que ela entregou dois empreendimentos e que inclusive houve injeção de capital dos sócios na empresa. “Numa assembleia telepresencial com a participação do credor (Banco Itaú) num empreendimento deles, representado por seu diretor-geral, dei depoimento que essa construtora era marca, era conhecida, era uma das melhores e tendo em vista essa realidade que percebeu, votou no sentido de não se opor ao recebimento do pedido de recuperação judicia”, lembrou.

Supermercados

Um dos requerimentos se refere a um localizado por trás do Carrefour, que pertencia a um grupo de Catolé do Rocha, mas que ainda não foi recebido, em virtude de documentação e outros fatores, e que está sendo adquirido por um grupo de Campina Grande. Um outro era um supermercado “boutique”, de esquina com a avenida Ruy Carneiro, sentido centro-praia.

“Eu penso que também vai se conseguir, não a recuperação, mas a venda, porque a Lei de Falência permite isso, foi um grande avanço, porque o objetivo do legislador deixou de ser a quebra da empresa, mas a continuidade da empresa, a preservação da atividade econômica, dos empregos, principalmente.