Presidente da OAB-CG anuncia campanha pelo fim das férias de 80 dias para juízes e a morosidade da Justiça

Advogado Jairo Oliveira, presidente da Subseção OAB de Campina Grande, na Caturité FM. (Foto: Renato Araújo-Se Liga PB)

A subseção Campina Grande, da Ordem dos Advogados do Brasil(OAB), vai iniciar uma campanha contra a morosidade do poder judiciário, e pelo fim dos 80 dias de férias para os juízes. A informação foi dada pelo presidente da entidade, Jairo Oliveira, durante entrevista ao programa RC Notícias, da Rádio Caturité FM, nesta quinta-feira(02).

Ele explica que a idéia da campanha é ser iniciada na rainha da Borborema, e ser expandida para as demais subseções da OAB. Dentre os motivos citados por Jairo, a morosidade do poder judiciário, são as famosas “dupla férias” dos juízes. “É a única categoria profissional no mundo, a magistratura brasileira, que tem direito a duas férias de 30 dias no ano, e um recesso no fim do ano, de 20 dias, que no total dá 80 por ano”, denunciou.

O advogado diz que o juiz deve ser comparado a qualquer um trabalhador, que nas suas palavras “assim o é”, com direito a 30 dias de férias e sem o recesso no fim do ano. “Com uma carga horária de 30 dias você cria um ambiente de estabilidade jurídica, sem nenhum ônus ao estado”, explica, complementando que o fim desses privilégios garante uma Justiça mais célere e ágil.

Na entrevista, ele diz ter consciência que a entidade pode ser penalizada, por “comprar essa briga”, mas diz que “toda caminhada começa no primeiro passo”. “Nós vamos dar esse primeiro passo: Vamos lançar um manifesto. Não sei se todos vão comprar essa idéia, mas esse projeto nós já temos há muito tempo”, pontua.

“O que eu tenho pela magistratura é respeito, e sou respeitado, porque penso positivo naquilo que defendo. Não ofendo nenhum(os juízes) no particular, na essência, no ser humano. Tenho respeito por todos os magistrados e colegas advogados. Mas o respeito é via de mão dupla, e nesse caso é o respeito à sociedade, que exige e precisa um judiciário a altura das necessidades, que nós hoje não temos”, criticou Jairo.

O presidente ainda pontuou o fato, de que os advogados precisam, na maioria das vezes, esperar até dez anos para o julgamento de algum processo. “A fome, a necessidade de comer, vestir, de andar, e viver, não espera dez anos. Dependemos da parte econômica pra sobreviver”, acrescentou o presidente da OAB, subseção Campina Grande, advogado Jairo Oliveira.

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