Miopia: casos aumentam durante a pandemia devido ao excesso de tempo em frente às telas

O aumento dos casos de miopia já alcançou o patamar de epidemia em alguns países, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A entidade prevê que, em 2050, cerca de 52% da população mundial esteja sofrendo com o problema. Essa alteração refracional que prejudica a visão de longe não tem mais causa, exclusivamente, hereditária.

Neste sentido, os especialistas alertam para o aumento significativo dos graus de miopia em crianças expostas às telas com idade entre 6 a 13 anos. Isso porque o tempo gasto em atividades ao ar livre diminuiu e foi substituído pelas telas que têm desgastado a visão, principalmente, para crianças em idade escolar.

O oftalmologista do Sistema Hapvida, Dr Breno Barth, explica que o uso constante dos celulares, tablets e computadores, atualmente, está mais vigente até mesmo pelos adultos e isso favorece a piora na visão. ”Essa população começa a sentir dor de cabeça, sintomas como o cansaço e percebemos que se justifica por isso.” Ainda de acordo com o profissional da saúde ocular, a pandemia foi um catalisador desse problema devido ao confinamento.

”Observamos um aumento entre 20 a 50% dos quadros de miopia nas crianças e esses dados coincidem com o isolamento social, afinal eles precisavam ficar com o ensino a distância. Outras doenças também podem surgir, por isso, é recomendado recreação externa, no mínimo, duas horas por dia para evitar consequências graves no desenvolvimento,” explica Barth. Outro fator importante, ressalta o médico, é limitar o tempo de uso das telas.

Fique alerta aos sintomas da miopia:
– Visão embaçada de longe, mas boa de perto;
– Tonturas, dor de cabeça ou dor nos olhos;
– Fechar os olhos para enxergar melhor;
– Lacrimejamento excessivo;
– Necessidade de maior concentração em atividades, como dirigir;
– Dificuldade em estar em espaços com muita luz.