A campanha Janeiro Branco 2020 está encerrando, mas deixa para os demais meses a semente com vistas à criação de uma cultura de saúde mental, que perdure o ano inteiro. A afirmação é da psicóloga Raissa Nóbrega, do Hapvida em Campina Grande.
Inspirado no “Outubro Rosa”, o Janeiro Branco teve início em 2014, por psicólogos de Uberlândia, no estado de Minas Gerais, tendo como objetivo a conscientização da promoção e proteção da saúde mental.
“Não é difícil perceber que nós damos mais atenção à saúde física. Quando a pessoa está com dor, procura um médico. No entanto, não temos o costume de olhar para a nossa subjetividade, o nosso psicológico.E isso vem adoecendo as pessoas”, sublinha a psicóloga.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos últimos anos as doenças mentais tiveram um aumento considerável, e esse resultado é motivo de grande preocupação entre os profissionais da saúde.
“Hoje em dia, nós sabemos que o Brasil está entre principais países com o maior número de casos de transtornos psiquiátricos em geral. Entre estes transtornos, se destacam a depressão e a ansiedade. Um depressão grave debilita a pessoa , afasta do emprego e é a porta de entrada, muitas vezes, para o suicídio”, destaca a especialista.
Diante disto, Raissa enfatiza que a campanha Janeiro Branco surgiu para que seja trabalhado esse o autoconhecimento , o autocuidado. “O autoconhecimento é a chave para libertar a gente desses problemas e dessas mazelas mentais”, ressalta.
Para ela, a pessoa precisa refletir sobre os pensamentos e os padrões de comportamento instalados. Raissa acentua que há pessoas que não conseguem manter as relações duradouras e até mesmo o emprego, além da que começam a se dar bem na vida, todavia, se boicotam. Segundo a psicóloga, são padrões instalados e que, muitas vezes, a pessoa não faz uma pausa para se observar.
“A campanha Janeiro Branco vem para que a gente trabalhe esse autocuidado, esse autoconhecimento. O autoconhecimento é a chave para libertar a gente desses problemas e dessas mazelas mentais”, assinala Raissa Nóbrega, que recomenda a pessoa com transtorno a procurar um psicólogo ou psiquiatra , a fim de dar um direcionamento ao seu tratamento.