Estado negou doação de terreno da PMCG no Aluísio Campos, para construir escola estadual, denuncia diretor da APLP

Professor Odenilson Medeiros, vice-presidente da APLP. (Foto: Renato Araújo-Se Liga PB)

O governo do estado negou a doação de um terreno, por parte da Prefeitura de Campina Grande, no complexo Aluísio Campos, para a construção de uma escola no local. A informação foi dada pelo vice-presidente da Associação do Professores em Licenciatura Plena da Paraíba(APLP), professor Odenilson Medeiros, em entrevista à Caturité FM. “Segundo a prefeitura, o governo do estado não quis a doação do terreno no complexo, para construir a escola”, disse Odenilson, acrescentando que cerca de 800 estudantes de ensino médio podem ser prejudicados por isso.

Segundo o dirigente, a obrigação do município era construir as escolas e as creches, e o Aluísio Campos conta com duas escolas e três creches, mas a oferta de ensino médio é obrigação do estado. “Nós coletamos 3.200 assinaturas dos moradores da comunidade, solicitando que o governo do estado venha construir uma escola estadual para o ensino médio no complexo”, disse Odenilson, informando que entregou este documento dois dias antes do Carnaval, ao secretário de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado, Cláudio Furtado.

“Ele já autorizou o aluguel de um prédio nas proximidades, para acolher algo em torno de 400 alunos do ensino médio, que moram naquela localidade, e estão sem estudar”, disse ele, acrescentando que muitos deles foram alunos seus, na escola que trabalha, a Carlos Drumond de Andrade, no conjunto Sonho Meu(Bodocongó III), e após terem se mudado para o Aluísio Campos podem ficar sem ter onde estudar.

Para solucionar temporariamente a situação, Odenilson diz que a solução encontrada foi transferir para a escola estadual Teresa Alves, no Ligeiro, que fica próximo, mas que as salas já se encontram superlotadas. “Tem sala de aula que tem 50 alunos, quando não suporta 40”, exemplificou. “O governo do estado tem a obrigação de resolver essa situação”, cobra.

Odenilson diz que entregou o documento nas mãos do secretário Claúdio, que se prontificou a alugar, temporariamente, um prédio nas imediações, para ser um anexo da Escola do Ligeiro, este ano, enquanto o governo do estado constrói uma no Aluísio.

“A gente já aproveita e solicita ao prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, que ele doe o terreno. Vamos entregar um ofício da APLP a ele, para que ele faça finalmente a doação do terreno, para que o estado venha a construir. Os poderes públicos tem que se irmanar, em um objetivo comum, que é o povo”, apelou o dirigente.

CRIANÇAS ESPECIAIS

Odenilson ainda chamou a atenção da PMCG, para o fato de que muitas crianças especiais, que moram no complexo, ainda não estarem matriculadas nas creches. “Eu chamo a atenção da prefeitura de Campina Grande para que veja essa situação. Tem crianças no complexo Aluísio Campos, sem escola para estudar”, denunciou.

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