Emoção e cores marcam os primeiros dias do Festival Folclórico de Campina Grande

Inesquecível! Os dois primeiros dias do Festival Folclórico de Campina Grande (FEFOLK-CG) foram marcados pela emoção, além das mais brilhantes apresentações artísticas no Teatro Municipal Severino Cabral.

A noite de abertura, ocorrida neste sábado (24), foi bastante prestigiada pelo público, que se emocionou com as apresentações dos grupos e companhias de dança, que levaram o xaxado, o bumba meu boi, e vários outros ritmos populares ao espetáculo.

Ao abrir o evento, o presidente do Conselho Internacional de Festivais Folclóricos e Artes Tradicionais (CIOFF), Marco Antônio, enalteceu a cidade de Campina Grande, destacando o valor cultural da Rainha da Borborema.

Marco frisou que a 4ª edição do FEFOLK-CG é o primeiro evento oficial do CIOFF enquanto instituição no Brasil no pós pandemia, e elogiou a direção do Festival, na pessoa de Roberto Gomes – que também é delegado do CIOFF em Campina Grande – além da empresa Bartofil, patrocinadora do Festival, e o apoio da Prefeitura Municipal da cidade, através da Secretaria Municipal de Cultura (Secult/CG), representada pela secretária Giseli Sampaio.

Bastante emocionada, a secretária Giseli Sampaio, que representou o prefeito Bruno Cunha Lima no evento, relembrou os tempos em que começou sua carreira como dançarina no grupo Tropeiros da Borborema, destacando a preservação e a identidade cultural de Campina Grande agora como titular da pasta de Cultura.

“O primeiro dia do Festival traz uma força muito grande, porque esse conteúdo cultural nós temos: Campina Grande sendo a sede e recebendo a 4ª edição do FEFOLK. Tinha que ser uma cidade pujante e cultural como Campina. Foi uma noite celebrativa, rica em cores, em formas, em conteúdos e de uma grandiosidade assim que não se consegue dimensionar, pela importância do que nós vimos no palco do Teatro Municipal, essa diversidade e riqueza cultural que só o Brasil tem”, endossou.

Roberto Gomes, diretor do FEFOLK, também bastante emocionado, agradeceu ao CIOFF pela realização do Festival em Campina Grande, e o apoio da empresa Bartofil e da Prefeitura Municipal.

“Acho primeiramente que eu estou me sentindo aliviado. Foi um momento magnífico. Os shows de todos os grupos foram muito lindos. Queria agradecer, além do CIOFF, a Bartofil e a Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Cultura, a essa galera aí que veio em massa prestigiar os espetáculos. E não acabou por aí, estamos só começando”, ressaltou Roberto.

O gerente de Marketing da empresa Bartofil, distribuidora que está há mais de 75 anos atuando no mercado brasileiro e patrocinadora oficial do FEFOLK-CG, Márcio Bartholomeu, afirmou estar muito feliz em participar do evento.

“A Bartofil está muito feliz em poder participar e patrocinar este evento. É uma alegria muito grande para nós. Eu achei os espetáculos maravilhosos e acho que nunca tinha visto nada parecido. E para a Bartofil é uma oportunidade e alegria muito grande de estar chegando aqui e poder contribuir com a cultura, a cultura aqui do Nordeste, a cultura de Campina Grande”, comemorou.

Um Festival de muitas cores

As duas primeiras noites do Festival Folclórico de Campina Grande (FEFOLK-CG) lotaram o Teatro Municipal Severino Cabral e emocionaram o público presente com as mais diversas manifestações artísticas.

Aclamados pelo público, os grupos Raízes, Caetés, Cabrôar – pratas da casa -, Cariris, e Flor e Barro, deram um show à parte na noite de abertura do evento, com espetáculos que trouxeram o xaxado, o bumba meu boi, e outras danças populares do folclore brasileiro.

Ovacionados durante uma linda apresentação, o grupo Cabrôar foi aplaudido de pé após uma coreografia de xaxado, que levantou o público presente.

“É a nossa primeira vez dançando pelo evento e foi inesquecível entrar no palco do Teatro Municipal. A organização do evento está impecável e só temos a agradecer pelo Festival ter nos convidado e nos deixado fazer parte de uma história tão bonita”, comentou a dançarina do Cabrôar, Sthefane Khetlyn.

O Grupo Flor e Barro, que veio da cidade de Caruaru, em Pernambuco, também emocionou o público com sua apresentação na noite de sábado, levando muitas cores e brilho ao Teatro Municipal.

“Para nós foi uma grande honra participar do Festival Folclórico de Campina Grande. Divulgar o folclore é papel fundamental para quem faz cultura popular”, destacou a coordenadora do Flor e Barro, Rosimere Quaresma.

A noite de domingo também foi bastante prestigiada pela população, que lotou o Teatro Municipal Severino Cabral para ver as apresentações dos grupos Acauã da Serra, Orí, Eita, Terras Potiguares, Manisfesto Cultura Popular e Flor e Barro.

Um dos grupos pioneiros de Campina Grande, o Acauã da Serra abriu a noite de espetáculos do Festival, sendo ovacionado pelo público presente, após uma mostra de muitas cores.

Fundador do grupo, o professor e doutor na área de cultura popular, Agnaldo Barbosa, destacou a missão de divulgar a cultura e o folclore nordestino e a importância do FEFOLK-CG.

“É muito importante a participação dos grupos de fora e de Campina Grande. Isso aqui é uma união de cultura, é união folclórica, é uma jornada folclorística. Campina Grande está vivendo com esse Festival dias de tradições. Tradição é o passado no presente. Campina Grande é um celeiro de cultura”, comemorou Agnaldo.

Também aplaudido de pé pelo público, o grupo Orí, natural de Caruaru, em Pernambuco, trouxe uma apresentação repleta de ancestralidade, promovendo a cultura afro-indígena.

“Foi uma experiência muito incrível participar desse Festival. Fizemos todo um processo de preparação, de condução, de ensaio, de estudo, de pesquisa, para desenvolver um espetáculo voltado para as questões afro-indígenas. Então, essas questões são muito presentes na Jurema Sagrada, no próprio tripé de Arcoverde”, salientou Renata Lima, diretora cênica do Orí.

Baluarte da cultura de Campina Grande e convidada de honra do evento, a ativista cultural Eneida Maracajá reverenciou a 4ª edição do FEFOLK e a cidade de Campina Grande.

“Eu aplaudo a cultura popular e todas as iniciativas que reverenciam o poder da cultura, o poder das artes. Estão de parabéns, Campina Grande está de parabéns, a cultura de referências populares está sendo louvada. Temos que trazer essa louvação à cultura, a esse poder que não é efêmero, que permanece, que é imaterial, e que é o sonho da imortalidade do homem”, finalizou.

A 4ª edição do Festival de Cultura de Campina Grande continua nesta segunda-feira, 26, com apresentações no Teatro Municipal Severino Cabral a partir das 19h. A entrada é gratuita.

Programação – 26 de setembro:

Ariús

Terras Potiguares

Orí

Flor e Barro

Transart

Terras Potiguares

 

Crédito das Fotos: Rondinelle de Paula

 

Da Assessoria