Dia de Finados: psicológa explica como encarar o luto

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No Dia de Finados (02), muitas pessoas vão aos cemitérios visitar um parente ou amigo falecido e rememorar as lembranças daquele ente querido. Receber a notícia da morte de uma pessoa amada pode ocasionar diversas reações e a dor do luto é algo que todos um dia vão passar.  

A psicologia encara o luto como um processo natural, complexo e único. Além disso, as reações variam de acordo com os aspectos culturais e pessoais. “Ele consiste em um período no qual o sujeito pode ressignificar a ausência do ente querido. Trata-se de uma adaptação emocional e psicológica. E também não se restringe a apenas um momento de tristeza”, explica Renata Pimentel, doutora em Psicologia Social e coordenadora do curso de Psicologia da UNINASSAU Campina Grande.  

De acordo com a profissional, durante o início do processo do luto, é normal a pessoa apresentar sentimentos de vazio e perda. Ela ressalta que são respostas emocionais esperadas, mas também podem vir acompanhadas de emoções e humor positivo ao lembrar dos bons momentos.

Porém, quando essa dor se estende por mais de 12 meses, pode se transformar em algo chamado de transtorno do luto prolongado. “Ele se caracteriza pelo desejo intenso e/ou preocupação persistente, pela negação de lembrar que a pessoa faleceu, pela ausência de sentido na vida e solidão intensa por causa da morte e pela dificuldade em retomar as atividades da vida, dentre outros sinais”, pontua.  

Por fim, a psicológa destaca que não há uma fórmula pronta sobre como viver com o luto, mas ele pode se dar por momentos de negação, raiva, negociação, depressão e aceitação. “Essas etapas não são obrigatórias nem vividas de modo sequencial. Muitas pessoas passam por elas de maneiras e em ordens diferentes. Inclusive, algumas nem vivenciam todas”, finaliza.

Assessoria