Recentemente, o Brasil inteiro chorou a morte do ator e humorista Paulo Gustavo, 42 anos, por complicações da Covid-19. O comediante teve o seu quadro agravado, ainda durante a hospitalização, por conta de uma embolia pulmonar, doença que obstrui a artéria dos pulmões devido à formação de coágulos na circulação pulmonar. A explicação é da pneumologista Andrezza Araújo, do Sistema Hapvida.
“Na maioria das vezes, a embolia pulmonar é causada por coágulos que se originam nas pernas ou, em casos raros, em outras partes do corpo”, explicou a especialista, que ainda listou algumas causas da embolia como traumatismos, cirurgias prolongadas, obesidade, câncer, insuficiência cardíaca entre outros fatores.
Ainda de acordo com o especialista, no caso de Paulo Gustavo, a embolia pulmonar foi causada por conta de complicações de um caso raro. Trata-se de embolia gasosa que levou o ator a óbito. “No caso dele, a embolia gasosa surgiu por causa de uma fístula bronquíolo-venosa, que é uma ruptura de uma membrana nas regiões dos brônquios”, descreveu.
A pneumologista diz que essa ruptura no aparelho respiratório do ator foi por causa da ventilação mecânica ou, segundo a equipe médica, por conta de um tratamento de circulação extracorpórea (ECMO) que ele vinha fazendo. “Indivíduos infectados pelo novo coronavírus podem apresentar distúrbios de coagulação, aumentando o risco de trombose”, acrescenta.
TRATAMENTO
A médica Andrezza Araújo explica que, em pacientes internados com Covid-19, são indicados medicamentos anticoagulantes profiláticos, para evitar formação de coágulos. “Mas caso seja detectado um coágulo na circulação arterial pulmonar, também se administra medicamentos anticoagulantes ditos terapêuticos para conter a embolia pulmonar”, ressalta a especialista.
Assessoria