A vacinação contra a covid-19 em crianças de 5 a 11 anos começou na semana passada, na Paraíba. E, apesar de a maioria apresentar quadros leves da infecção pelo SARS-CoV-2, ela pode ser fatal em alguns casos.
A médica pediatra e infectologista do Sistema Hapvida, Silvia Fonseca, explica que além das mortes por covid-19, a síndrome inflamatória multissistêmica (SIM), associada ao SARS-CoV-2, é uma condição grave que implica na necessidade de hospitalização. No Brasil, de abril de 2020 a 27 de novembro de 2021, foram notificados 1.412 casos confirmados de SIM associada à covid-19 em crianças e jovens de 0 a 19 anos.
“Não sabemos quantas crianças desenvolveram covid longa, que é a manutenção de sintomas após 4 semanas da infecção aguda. Os sintomas podem variar de febre, cansaço, falta de concentração e falta de ar. E como a pandemia não dá tréguas, principalmente com o surgimento de novas variantes muito transmissíveis, nossos pequenos estão em risco de terem covid grave e covid longa”, alerta a médica.
Outro aspecto importante é que as crianças, mesmo pouco sintomáticas ou assintomáticas, podem transmitir a infecção para pessoas com fatores de risco (por exemplo, avós e bisavós). Sobre a segurança da vacina, a médica ressalta que foram feitos testes rigorosos de segurança com o imunizante da Pfizer envolvendo milhares de crianças nos Estados Unidos. Até agora, estima-se que pelo menos 8 milhões de doses foram aplicadas na população entre 5 e 11 anos, com efeitos colaterais brandos e nenhuma morte atribuída à vacina.
Silvia comenta que a vacina utilizada nas crianças é feita com uma tecnologia segura de “RNA mensageiro”. Além disso, as doses para pessoas de 5 a 11 anos serão menores, já que o sistema imunológico desse público se mostrou muito eficiente na produção de anticorpos, mesmo com uma dose muito menor. “Para não ter confusão, o frasco é diferente, com tampa de outra cor, e o Ministério da Saúde propõe locais diferentes para a vacinação e agulhas apropriadas para o público infantil”, esclarece a profissional.
Vale reforçar que mesmo vacinadas, as crianças devem continuar usando máscara, pois ainda podem ter infecção, mesmo que leve, e continuam podendo agir como transmissores. “As vacinas protegem contra a doença que leva à hospitalização, necessidade de oxigênio, CTI e morte, mas não impedem completamente as infecções leves. Enquanto o vírus estiver circulando no mundo temos que usar todas as barreiras possíveis: vacina, máscara, distanciamento social e álcool em gel”, alerta.
Ao todo, o Brasil deve receber ainda em janeiro cerca de 4,3 milhões de doses de vacina infantil da Pfizer. Já para fevereiro, a expectativa é que sejam entregues mais 7,2 milhões de doses e, em março, mais 8,4 milhões de imunizantes para o esquema vacinal das crianças, que é composto por duas doses, com intervalo de oito semanas.
Sobre o Sistema Hapvida
Com mais de 7,4 milhões de clientes, o Sistema Hapvida hoje se posiciona como um dos maiores sistemas de saúde suplementar do Brasil presente em todas as regiões do país, gerando emprego e renda para a sociedade. Fazem parte do Sistema as operadoras do RN Saúde, Medical, Grupo São José Saúde, Grupo Promed, Premium Saúde, além da operadora Hapvida e da healthtech Maida. Atua com mais de 38 mil colaboradores diretos envolvidos na operação, mais de 15 mil médicos e mais de 15 mil dentistas. Os números superlativos mostram o sucesso de uma estratégia baseada na gestão direta da operação e nos constantes investimentos: atualmente são 49 hospitais, 203 clínicas médicas, 49 prontos atendimentos, 176 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial.