Artur Bolinha diz que Prefeitura de Campina se equivocou ao doar área para Vila Sítio São João

O pré-candidato a prefeito de Campina Grande, Artur Bolinha, afirmou nesta sexta-feira, 22/11, que a doação de uma área do munícipio a uma empresa privada, exploradora de cultura, foi um equívoco cometido pela Prefeitura de Campina Grande. Segundo ele, a modalidade de concessão de uso de bem público deveria ter sido mantida.

O posicionamento acontece um dia após a Câmara de Vereadores de Campina Grande aprovar, em regime de urgência, nesta quinta, 21/11, o projeto de lei, enviado pela prefeitura, que doa um terreno de 24.800 m² à empresa “Memorial do Homem do Nordeste LTDA ME”, que promove a Vila Sítio São João durante o Maior São João do Mundo. “O que me causou espanto não foi o fato da prefeitura apoiar esta causa e sim a forma como isso foi feito, sem transparência, sem diálogo com a sociedade e não sem passar pelas comissões da câmara de vereadores. Quando se vê algo desse tipo acontecendo, sempre existem interesses obscuros por trás”, disse Bolinha.

Ainda segundo Bolinha, total transparência é fundamental numa gestão pública, para que a sociedade saiba quais os reais interesses de uma prefeitura em seus atos. “É preciso que o prefeito possa vetar este projeto, mesmo tendo sido ele que o apresentou, demonstrando à sociedade que se equivocou, pois ela está cobrando uma posição mais transparente”.

Avaliado em cerca de R$ 7 milhões, o terreno doado fica localizado na Av. Floriano Peixoto, no bairro Dinamérica. No local, é cobrada uma taxa individual, durante o Maior São João do Mundo, para entrada. O projeto aponta que a entrada de alunos de escolas públicas deve ser gratuita.

Artur Bolinha, no entanto, reconheceu a importância cultural e turística da Vila Sítio São João para Campina Grande. “Se eleito, a concessão da exploração para o Sítio São João será mantida, porque eu sei da importância deste equipamento cultural para a nossa cidade. Porém, não como doação, e sim como cessão de bem público, como já existe. Não há razão nenhum pra mudar isso. Eu jamais permitiria que o município doasse uma área sua para uma empresa privada, seja ela exploradora do que for”, finalizou.

Ascom