Neste domingo (16), candidatos de todo o Brasil se submetem ao segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e dedicam algumas horas do dia para responder 90 questões de ciências da natureza e matemática e suas tecnologias. Devido à expectativa, é natural que a ansiedade apareça. Entretanto, ela precisa ser controlada para não influenciar no desempenho.
Antonio Gutemberg, docente do curso de Psicologia da UNINASSAU Campina Grande, explica como entender essa ansiedade. “Ela não pode ser concebida como sinal de despreparo, pois o estudante se encontra em uma situação de avaliação de grande impacto. O objetivo não é eliminar essa sensação, mas regular para não afetar o desempenho na prova. É ideal nomear o que está sentindo e reconhecer que está ansioso”.
Segundo o docente, a ansiedade tem diversos fatores particulares, como comparar o desempenho nas provas com o de outros candidatos. Além disso, fatores externos também podem influenciar. Por exemplo, questão de deslocamento e cumprimento de horários. “Nesses casos, o preparo psicológico prévio é fundamental. Planejar o trajeto com antecedência, definir horários de saída e ter um plano alternativo caso algo não saia como esperado ajuda a reduzir a sensação de imprevisibilidade”, sugere.
Para quem pensa em estudar nessa reta final e às vésperas do ENEM, Gutemberg faz algumas reflexões importantes. “A esta altura do campeonato, o cérebro já consolidou o essencial. Por isso, o excesso de estudo de última hora apenas aumenta a tensão e a ansiedade, podendo acarretar em uma diminuição do desempenho. Assim, a melhor estratégia é estabelecer horários curtos e específicos para uma revisão leve, assim como evitar conteúdos novos e aqueles que não domina”.
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