Segundo dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia, entre 2% e 12% da população brasileira convive com a fibromialgia, uma síndrome crônica que causa dor generalizada, principalmente nas articulações e músculos. Essa condição é uma síndrome bastante comum, e afeta mais comum em mulheres do que em homens. O diagnóstico geralmente ocorre entre 30 e 50 anos, embora possa afetar pessoas mais jovens ou idosas.
De acordo com Ângela Pinto de Barros, especialista em Fisioterapia Pélvica e Obstétrica e docente do curso de Fisioterapia do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Campina Grande, a fibromialgia é complexa e influenciada por fatores como alterações no sistema nervoso, predisposição genética, estresse e distúrbios do sono.
“O cérebro das pessoas com fibromialgia interpreta os estímulos de forma exagerada, ativando o sistema nervoso e aumentando a sensibilidade à dor. Além disso, o sistema responsável pela resposta ao estresse pode estar desregulado, contribuindo para a fadiga. A interrupção do sono também afeta a liberação de hormônios e neurotransmissores, intensificando a dor e o cansaço constante”, explica Ângela.
Para garantir uma melhor qualidade de vida aos pacientes, a fisioterapia desempenha um papel importante no controle dos sintomas. Entre os recursos utilizados, destacam-se pilates, exercícios de alongamento, relaxamento, fisioterapia aquática, massagens e o uso de aparelhos de eletroterapia.
“A melhor abordagem do fisioterapeuta é focar no alívio dos sintomas e, o mais importante, validar todas as queixas do paciente. O tratamento deve incluir técnicas de relaxamento para reduzir o estresse, exercícios de baixo impacto, alongamentos e fortalecimento muscular. Se possível, a fisioterapia em meio aquático é recomendada, pois permite movimentos de maior amplitude, reduzindo a dor e a fadiga e contribuindo para a melhora da qualidade do sono”, destaca a professora do curso de Fisioterapia da UNINASSAU Campina Grande, Ângela Pinto.
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