“O candidato dos ricos, em uma cidade que a maioria é pobre”, diz Napoleão Maracajá sobre Bolinha

Napoleão Maracajá, na Caturité FM. (Foto: Renato Araújo- Se Liga PB)

O diretor de comunicação do Sintab e ex-vereador de Campina Grande, Napoleão Maracajá, alfinetou o pré-candidato a prefeito e presidente da CDL, Arthur Bolinha. Em entrevista ao RC Notícias, da Rádio Caturité FM, o sindicalista diz que as pautas que Bolinha defende são “prejudiciais ao mais pobres”. O empresário se filia nesta sexta-feira(01) ao PSL.

Napoleão, que também pretende disputar novamente uma cadeira no legislativo, diz não ter dúvidas que o empresário é o “candidato dos ricos”, e que se “tem suficiente para elegê-lo é outra história”. “Quem defende o que Bolinha defende, e eu espero que ele também defenda isso na campanha, como a reforma trabalhista. Argumentavam que iria melhorar a vida das pessoas. Mentira!”, afirma, citando também a defesa dele pela reforma da previdência.

“O que Bolinha defende, pra pobre é muito ruim. Estamos em uma cidade que a maioria é pobre. Mas eu espero, porque quanto mais candidatos a prefeito tiver melhor. É muito ruim uma eleição bipolarizada. O povo tem que ter opção mesmo, assim como o candidato dos ricos também, até para o pobre avaliar se vai votar num candidato de rico ou não”, alfineta.

Maracajá diz que pode fazer esse debate com ele publicamente, mas que as pautas defendidas por ele são prejudiciais aos mais pobres. “Bolinha defende o estado mínimo, e diz que o estado atrapalha, mas os ricos no Brasil se socorrem do estado. Basta olhar depois de Bolinha, se ele precisou de algum empréstimo para socorrer algumas das empresas dele. E não há precedente nenhum em que o estado tenha sido dispensado. Quando se fala em estado mínimo para o Brasil, é para os mais pobres”, cutucou, dizendo que no país há “bolsa empresário”, mas que eles condenam o “Bolsa-Família”.

SEM DEFINIÇÃO

Napoleão ainda frisou que ainda não definiu o partido que vai se lançar candidato, e que tem até março de 2020 para disputar, mas já adianta que não vai sair em partidos que defenderam a reforma da previdência. “Eu sou pobre, eu sou povo, e tenho que estar nesse campo”, pontuou durante a entrevista.

“Serei candidato a vereador, se essa for a vontade do povo de Campina Grande, e quero fazer mil vezes melhor que do outro mandato, porque estou conhecendo melhor o povo e a realidade da cidade, e estou muito disposto a fazer um melhor mandato”, sublinhou o sindicalista.

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